Uma pequena palavra em alemão permite, a meu ver, traduzir a
queda de Luiz Paulo na corrida eleitoral em direção à prefeitura de Vitória:
Shadenfreund. Significa, em português, a alegria causada pelo dano a terceiros.
No caso, segundo perpetua sua carta
aberta, caracteriza o júbilo daqueles que direta ou indiretamente trabalharam
pela não viabilização de sua candidatura de forma competitiva e sustentável.
Sinceramente, não vejo pessoa mais qualificada e inebriada
pelo exercício político que o ex-prefeito da capital, para almejar o comando da
gestão municipal da capital do Estado. Não basta ter competência ou
qualificação, requisitos necessários, mas não suficientes, pois há que ter a
verve política apaixonada pelos desafios de conjugar percepções, muitas vezes
antagônicas, em torno de um projeto de futuro, de uma intenção estratégica.
Especialmente quando se tem na mesma disputa eleitoral uma
pessoa também qualificada e experiente como Luciano Rezende. Um gestor que pode
até ser passível de críticas, mas que é merecedor de elogios. Não será uma
batalha fácil, e muito menos para amadores ou candidatos que não têm aderência
estrutural a um projeto de cidade. Luiz Paulo traz em sua bagagem política e
gerencial, um banco de projetos de elevada contribuição teórica e prática.
Lelo também é um nome assim qualificado e creio que a
tendência é sua candidatura se fortalecer. A questão assume complexidade quando
se observa que serão dois alvos muitos distintos em termos de concorrência:
Amaro, na condição de populista e muito querido; e Luciano, na condição de
gestor e de muita personalidade.
Será, sem dúvida, uma boa batalha, desde que respeitadas a
ética e a observação do candidato e não da pessoa que ele representa.
O grande perdedor dessas eleições, ceteris paribus, será o
PSDB. Tende a não fazer nenhum prefeito na Grande Vitória. Uma perda
irreparável por muitos anos.
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