O Estado do Espírito Santo está muito bem
administrado em termos fiscais. Pode parecer uma tarefa fácil mas não é, pois a
crise politica e econômica que assola o país deteriorou as finanças públicas,
em todos os niveis de governança de forma implacável. Só mesmo uma equipe bem
liderada e coesa para conseguir, em face de tanta pressão social por gastos
públicos em diversos e carentes setores da vida pública, manter o leme
firme e navegar em águas turvas e caudalosas. Matéria de hoje no tradicional
jornal O Globo, faz uma análise do aumento de impostos nos estados brasileiros
e o Espírito Santo é um dos raros que
não aumentaram impostos. Pouquíssimos. No Espirito Santo, por exemplo, não
houve aumento do IPVA e do ICMS.
A pesquisa realizada pelo amplamente acessado
G1 considerou a elevação de alíquotas. O que ocorreu, em termos de receita
fiscal, foi apenas o acréscimo da variação inflacionária. Ao contrário, em 20 outros estados houve aumento da alíquota do imposto sobre circulação de mercadorias, o
ICMS e do IPVA. Para
cidadãos que já estão atordoados com a surra que levam da inflação, do câmbio e do
desemprego, seria, no mínimo, um nocaute técnico.
A questão do reajuste das tarifas de transporte
coletivo, que a população justamente reclama, não é uma criação do Governo Estadual,
ele se origina da incompetência fiscal do Governo Federal, que represou preços
administrados, como energia elétrica, gás de cozinha e combustíveis e os
liberou de forma súbita. Tamb[em, não são os empresários que estão buscando mais lucro,
mas o Governo Federal que aumentou seus custos de operação ao ponto de não ser
mais possível segurar os preços ao consumidor, apesar de um forte subsídio do
Governo do Estado no setor que, como mostra a foto de 1970, mudou muito nas últimas décadas.
Em momentos
de crise, com a que vivemos, é preciso ter muita consciência e clarividência
para definir quem são realmente os adversários da população. Ou faremos do caos
o estilingue de mais erros de avaliação.
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