A Grécia, berço da civilização ocidental, de sua literatura, democracia, filosofia e ciência política, da intrigante matemática e da sedução dos amores e paixões, está em uma encruzilhada decisória: paga ou não seus credores, sendo o FMI o principal deles. A força da democracia faz com que um referendum seja realizado para tal decisão, mas os credores querem uma rapidez de resposta que antecede esse processo decisório marcado para domingo próximo e condicionam novos emprestimos ao pagamento dessa dívida e à adoçao de medidas como o corte de gastos sociais.
E, bravamente, o governo grego quer ouvir seus cidadãos. Tem toda razão.
Nós,
brasileiros, conhecemos bem essa relação com o FMI. Caso não pague a dívida, a
Grécia poderá ser afastadada da Zona do Euro e viver de sua própria moeda, o
que lhe permitiria retomar a gestão de sua politica monetária e de seu comercio
exterior, mas abalaria a atração de investimentos estrangeiros.
O Brasil está
em uma situação politica e economica tão frágil que qualquer abalo internacional
afeta nossa economia, nesse caso, quem sabe, desvalorizando o real e inibindo
nossas exportações para a Europa. Mesmo com a possibilidade de agravamento da
situação a Grécia dá um nobre exemplo de que o poder emana do povo e ele deve
ser consultado. Doa a quem doer
No comments:
Post a Comment