A
Revolução Industrial multiplicou ganhos empresariais em uma Inglaterra agrícola. O impacto foi tamanho que até hoje
o sinônimo de progresso, para muitos agentes públicos, é a atração de
indústrias. A tradicional, surgida com o advento do motor a vapor de Watt.
Jornais multiplicam matérias sobre a atração dessas indústrias, capitaneadas
por indutores do tal crescimento econômico. Incentivos fiscais seduzem novos e
velhos investidores em indústrias físicas, concretas. Em meu entender, são
necessárias, mas insuficientes.
Proponho
a indústria de resultados intangíveis. A indústria do conhecimento. Se aquela
época foi a Era do Vapor, agora será a Era da Cérebro. Para isso é necessário
criar as Cidades do Conhecimento. Vila Velha pode vir a ser um exemplo. O
universo de estudantes no ensino superior ultrapassa 20 mil pessoas. O de
professores, mestres e doutores supera a marca de 1000 pessoas. E há uma
Universidade em seu município. Pesquisa, ciência, inovação estão próximos.
Para
isso, projetos aderentes e sinérgicos devem ser estimulados. Um Jardim
Botânico, por exemplo, com centro de pesquisas avançadas. Um Horto Municipal e
um Viveiro de Vegetação de Restinga completariam esse campo de estudos tão
importante para a indústria da biodiversidade. Um Planetário, que bem poderia
ser conduzido pelo único engenheiro astronauta da NASA do estado e que reside
no município. A revitalização do CREFES não só para melhor atendimento, mas
para permitir que alunos de mecânica, robótica e fisioterapia desenvolvam novos
aparelhos e equipamentos.
Vila
Velha pode ser um exemplo de Cidade do Conhecimento com algumas escolas
públicas em tempo integral, mas não em sala de aula apenas. Complementarmente,
nas ilhas de conhecimento que citei acima. Gerar empregos, renda, patentes e
contribuições científicas altamente demandadas pelo mercado e seus
investidores. A farmacologia é um bom exemplo. Para tanto, é preciso abandonar
a miopia desenvolvimentista de antever o futuro com as lentes da mesmice
industrial. A residência oficial do Governo do Estado, na Praia da Costa, por
exemplo, seria um ótimo local para um Núcleo de Estudos Oceanográficos. Não só
desvendaríamos nosso litoral como qualificaríamos os potenciais investimentos
produtivos que do mar, se utilizam.
Aqui,
em Vila Velha ,
nasceu o Espírito Santo. Bem aventurados sejam aqueles que creiam e invistam
nessa minha tese sobre o que é a indústria do conhecimento agora que é adulto.
No comments:
Post a Comment