Imagine um político contestador, polemizador e afastado de
qualquer mandato político há mais de 20 anos. Opositor e crítico voraz de um
dos maiores ícones políticos capixabas dos últimos tempos, Paulo Hartung. Mesmo
assim, com uma densidade eleitoral elevada e substantiva. Esse é Max Freitas Mauro,
o pai. Não se pode precisar bem o que o faz ser assim, mas ele atualmente é
suplente na Assembléia Legislativa e na penúltima eleição teve uma enxurrada de
votos para Governador do Estado, perdendo na reta final, encalhado pela
ausência de recursos financeiros e materiais. Assim é Max Mauro. Eu me lembrei
desses fatos hoje quando pensei nas próximas eleições de Vila Velha, para
prefeito. Ele estará mais uma vez ao lado de seu filho, Max Filho.
Percebo que ele ainda é um forte cabo eleitoral, o que faz
com que o filho tenha duas fontes de suprimento eleitoral. Ele próprio, o
filho, tem muitos votos, haja vista a última eleição para a Câmara Federal.
Perdeu por falta de legenda. Somados ao apoio do pai então, fica mais forte
ainda politicamente. E creio haver algo interessante. Quem vota em Max Mauro, o
pai, predominantemente vota também em seu filho homônimo Max. É uma
transferência natural de votos de “cabresto” como se diz no interior. Mas, quem
vota em Max Filho, não predominantemente vota em seu pai. Max Filho é mais
jovem, é membro de igreja e gosta de esportes como o surf. Assim, é mais
impressionante ainda o desempenho de Max pai, pois a predominância dos votos
dele é devida a ele próprio. Isso significa dizer que terá um papel importante
nas próximas eleições para prefeito de Vila Velha.
Max Mauro, o pai, com os votos de sua própria identidade
tradicional e Max Filho com os votos de sua própria identidade contemporânea,
se aliadas à percepção de modernidade e capacidade de gestão inovadora com Luiz
Paulo apoiando-os, certamente farão dessa associação uma campanha muito competitiva
e com muita chance de ser vitoriosa. Mais ainda, os dois apoiando Luiz Paulo na
campanha de Vitória e este sendo vitorioso, haveria uma proposta sinérgica de
governança, com Vila Velha e Vitória atuando em uma gestão integrada, apesar de
independente. Mobilidade urbana, drenagem e planejamento urbano poderão ser
eixos estratégicos que seriam beneficiados pela soma de forças e
potencialidades de ambos os municípios. Duas
cidades com a mesma idade, memórias e tradições. A união faz a força. Vitória e
Vila Velha continuarão se unindo fisicamente apenas por suas pontes, mas as
gestões de seus representantes máximos poderiam unir-se por um modelo integrado
de gestão pública estratégica. Com sinergia política.
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