O desenrolar dessa eleição para a
prefeitura de Vitória me faz lembrar a experiência do grande biólogo russo
Gause e seu Princípio da Exclusão Competitiva. Segundo ele, quando duas espécies competem pela
mesma fonte de alimento, uma única fonte, a espécie mais competitiva vence. A experiência
traz uma enorme contribuição para a Biologia, a Medicina e Ciências afins. E
inebria nosso cotidiano político-social com nomes que o imaginário popular usa
como parasitas e predadores. Na verdade é importante observar que essas
espécies podem ter interações intraespécies (iguais) ou interespécies
(diferentes) e isso as diferencia em termos de competitividade, pois há
interações harmônicas e desarmônicas. As harmônicas somam e as desarmônicas
diminuem.
Quando ocorre a harmonia não há prejuízo
para as espécies e vantagem para no mínimo uma delas. Esse parece ser o caso
dos que gravitam em torno de Paulo Hartung. Já nas desarmônicas pelo menos uma
é prejudicada e pode existir uma espécie beneficiada. Esse parece ser o caso
dos que gravitam em torno de Iriny. A
diferença entre elas está na importância do todo e não das partes em si,
predominante na harmônica intraespécies. O que se pode considerar, salvo melhor
juízo, sinergia. Com isso, os participantes dessa colônia, espaço em que
existem ligações anatômicas, teriam maior ganho, sendo mais competitivos ainda.
Até a sociedade, espaço em que não há ligação anatômica, ganha. Só há perda
quando ocorre a relação desarmônica e se estabelece a competição pela mesma
fonte de alimento.
Quando há uma relação
interespécies, espécies diferentes entre si, a relação harmônica tem como
pontos positivos a cooperação e o mutualismo. A ajuda mútua. Esse parece ser o
caso dos pequenos e inúmeros partidos políticos que se juntam em uma salada
ideológica gentilmente chamada de terceira via. Mas, se a relação é
desarmônica, surgem parasitas, predadores e amensalistas. Os parasitas são
aqueles que vivem à custa dos outros e buscam incessantemente um hospedeiro. Já
os predadores são aqueles que sendo maiores que suas presas as matam para
alimentar-se. E os amensalistas são aqueles que inibem o crescimento ou a
permanência de algumas espécies em um dado ambiente. São os chamados coronéis da política ou, carinhosamente, raposas políticas. Como sabemos, essa
espécies habitam intensamente nossa política de forma geral.
Quando observo todos buscando
apoio em Paulo Hartung não posso deixar de lembrar minha primeira leitura sobre
Gause e as ideias de comensalismo e epifitismo, quando espécies se fortalecem
usando outra para proteger-se ou como suporte. Sempre faz sentido.
1 comment:
ei querido ex professor, como vai? continua dando aula no curso de economia la da uvv?
botando terror na banca de tcc, como fez comigo em 2010? to em outra area agora, vendendo imoveis,quer comprar um?kkk
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