Monday, April 02, 2012

Gause, PH e eleições municipais no ES.


O desenrolar dessa eleição para a prefeitura de Vitória me faz lembrar a experiência do grande biólogo russo Gause e seu Princípio da Exclusão Competitiva.  Segundo ele, quando duas espécies competem pela mesma fonte de alimento, uma única fonte, a espécie mais competitiva vence. A experiência traz uma enorme contribuição para a Biologia, a Medicina e Ciências afins. E inebria nosso cotidiano político-social com nomes que o imaginário popular usa como parasitas e predadores. Na verdade é importante observar que essas espécies podem ter interações intraespécies (iguais) ou interespécies (diferentes) e isso as diferencia em termos de competitividade, pois há interações harmônicas e desarmônicas. As harmônicas somam e as desarmônicas diminuem.

Quando ocorre a harmonia não há prejuízo para as espécies e vantagem para no mínimo uma delas. Esse parece ser o caso dos que gravitam em torno de Paulo Hartung. Já nas desarmônicas pelo menos uma é prejudicada e pode existir uma espécie beneficiada. Esse parece ser o caso dos que gravitam em torno de Iriny.  A diferença entre elas está na importância do todo e não das partes em si, predominante na harmônica intraespécies. O que se pode considerar, salvo melhor juízo, sinergia. Com isso, os participantes dessa colônia, espaço em que existem ligações anatômicas, teriam maior ganho, sendo mais competitivos ainda. Até a sociedade, espaço em que não há ligação anatômica, ganha. Só há perda quando ocorre a relação desarmônica e se estabelece a competição pela mesma fonte de alimento.

Quando há uma relação interespécies, espécies diferentes entre si, a relação harmônica tem como pontos positivos a cooperação e o mutualismo. A ajuda mútua. Esse parece ser o caso dos pequenos e inúmeros partidos políticos que se juntam em uma salada ideológica gentilmente chamada de terceira via. Mas, se a relação é desarmônica, surgem parasitas, predadores e amensalistas. Os parasitas são aqueles que vivem à custa dos outros e buscam incessantemente um hospedeiro. Já os predadores são aqueles que sendo maiores que suas presas as matam para alimentar-se. E os amensalistas são aqueles que inibem o crescimento ou a permanência de algumas espécies em um dado ambiente. São os chamados coronéis da política ou, carinhosamente, raposas políticas. Como sabemos, essa espécies habitam intensamente nossa política de forma geral.

Quando observo todos buscando apoio em Paulo Hartung não posso deixar de lembrar minha primeira leitura sobre Gause e as ideias de comensalismo e epifitismo, quando espécies se fortalecem usando outra para proteger-se ou como suporte. Sempre faz sentido.

1 comment:

Anonymous said...

ei querido ex professor, como vai? continua dando aula no curso de economia la da uvv?
botando terror na banca de tcc, como fez comigo em 2010? to em outra area agora, vendendo imoveis,quer comprar um?kkk