As eleições em Vitória continuam indefinidas. O PT, pelo que se lê na imprensa, anda titubeando em relação a Iriny. Era de se esperar em razão das correntes internas do partido. Correntes que se transformam em um redemoinho autofágico. O que não era de se esperar, em meu modesto entender, era o movimento disciplinado e dedicado de Luciano Resende. Método de remador vitorioso. Acordar bem cedo e pegar as águas calmas da baía atormentada por navios e movimentação de cargas. Treinar muito para no dia da competição estar pronto. Mais do que isso, mentalizar a vitória, ter foco total e objetivo definido. É uma pedra no caminho do sempre competitivo Luiz Paulo, pois está em vitória, ocupa a cadeira de deputado – o que lhe permite agraciar as bases eleitorais – e tem boa penetração nos movimentos sociais. Associado a Claudio Vereza, nesse aspecto, fica muito forte. Outro aspecto que me chama a atenção é sua ligação com a Câmara de Vereadores, na figura de Gandini, elogiado por Paulo Hartung. Luciano é um nome que, por assim dizer, não desagradaria Casagrande.
Luiz Paulo e Luciano dependem um do outro, apesar de serem variáveis excludentes. Ou vai um de cabeça de chave ou vai outro. Não há lugar para duas candidaturas independentes, creio eu. Luiz Paulo leva a vantagem, no imaginário popular, de ser muito experiente e já conhecer bem como resolver as questões principais da cidade. Tem bom recall. Já Lelo Coimbra é um nome que surge aparentemente independente, mas todos sabem de sua intensa rede de afinidades e sustentação e faz um bom mandado federal. Pode ser a solução salomônica. Aliás, já foi isso antes, como vice de Paulo. Creio também que é um nome que o PT tem menos rejeição por diferir de Luiz Paulo em sua metralhadora ideológica. Os três Ls (Luiz, Luciano e Lelo) parecem uma configuração mosaica: Luiz Paulo nitidamente à direita, Luciano inclinado à esquerda moderada e Lelo inclinado ao centro.
E em estatística sabemos bem o significado da tendência à opção central.
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