Tuesday, September 27, 2011

Prova da OAB



Nós, economistas e professores, cuidamos da qualidade da vida de uma pessoa ou de um grupo de pessoas, quando orientamos. Outros profissionais também escolheram missões semelhantes e contribuem de alguma forma para que o mundo se mova em torno de si mesmo de uma maneira mais adequada e próspera. Mas há outros profissionais que têm uma responsabilidade muito maior, pois cuidam do morrer ou do viver. Os médicos, por exemplo. Têm a vida de uma pessoa, ou grupo de pessoas, nas mãos. Se receitarem algo errado não será como uma empresa que faliu ou acionistas do mercado financeiro que perderam tudo. Um paciente pode morrer ou viver cheio de seqüelas angustiantes e dolorosas. Ás vezes uma morte anunciada e lenta. Por isso, os egressos do curso de medicina deveriam ter uma boa prova, um bom exame antes de exercerem suas profissões. E, talvez, até periódica. Mas não, apenas o pessoal que faz medicina veterinária. Parece até a questão de matar o guarda da floresta ou o temível tigre raivoso.

E os advogados? Bem esses podem colocar uma pessoa na cadeia por um longo tempo ou não. Tirar a liberdade de alguém. Como também, manter solto alguém extremamente perigoso para o convívio social. Se virarem juiz, e a condição sine qua non é serem formados em Direito - ou você já viu um médico juiz? – determinar quantos anos ou qual a pena a ser impingida a um condenado pelo júri popular. Depois, quem sabe, desembargadores. Tem também aqueles que serão Procuradores, Promotores e Defensores Públicos, por exemplo. Também cuidam do justo destino de alguém. De uma vida humana. Pois bem, é natural então que façam exame para exercerem suas profissões. E este exame, diferente da medicina, existe. Ainda bem. E que é rigoroso, pois muitos despreparados estariam por aí cuidando da liberdade de alguém.

Os números em nosso país são assustadores. A média nacional de aprovação na OAB é de apenas 14% dos participantes. No Espírito Santo a última prova só aprovou 15%.  Darwin e Lamarck explicariam, talvez..

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