Nós,
economistas e professores, cuidamos da qualidade da vida de uma pessoa ou de um
grupo de pessoas, quando orientamos. Outros profissionais também escolheram
missões semelhantes e contribuem de alguma forma para que o mundo se mova em
torno de si mesmo de uma maneira mais adequada e próspera. Mas há outros
profissionais que têm uma responsabilidade muito maior, pois cuidam do morrer ou
do viver. Os médicos, por exemplo. Têm a vida de uma pessoa, ou grupo de
pessoas, nas mãos. Se receitarem algo errado não será como uma empresa que
faliu ou acionistas do mercado financeiro que perderam tudo. Um paciente pode
morrer ou viver cheio de seqüelas angustiantes e dolorosas. Ás vezes uma morte
anunciada e lenta. Por isso, os egressos do curso de medicina deveriam ter uma
boa prova, um bom exame antes de exercerem suas profissões. E, talvez, até
periódica. Mas não, apenas o pessoal que faz medicina veterinária. Parece até a
questão de matar o guarda da floresta ou o temível tigre raivoso.
E
os advogados? Bem esses podem colocar uma pessoa na cadeia por um longo tempo
ou não. Tirar a liberdade de alguém. Como também, manter solto alguém
extremamente perigoso para o convívio social. Se virarem juiz, e a condição
sine qua non é serem formados em Direito - ou você já viu um médico juiz? – determinar
quantos anos ou qual a pena a ser impingida a um condenado pelo júri popular.
Depois, quem sabe, desembargadores. Tem também aqueles que serão Procuradores,
Promotores e Defensores Públicos, por exemplo. Também cuidam do justo destino
de alguém. De uma vida humana. Pois bem, é natural então que façam exame para
exercerem suas profissões. E este exame, diferente da medicina, existe. Ainda
bem. E que é rigoroso, pois muitos despreparados estariam por aí cuidando da
liberdade de alguém.
Os
números em nosso país são assustadores. A média nacional de aprovação na OAB é
de apenas 14% dos participantes. No Espírito Santo a última prova só aprovou
15%. Darwin e Lamarck explicariam, talvez..
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