Sunday, August 28, 2011
Paulo e Max Filho
Está voltando à tona a questão de conflitos políticos e pessoais entre Max Filho e Paulo Hartung. Talvez por conta das articulações, precoces ou não, em direção às próximas eleições. Existe até a conotação de reunião de forças políticas para retirar a família Max do poder em Vila Velha nas eleições passadas. São várias as teorias conspiratórias. E todas, sem exceção passam por instigar a rivalidade figadal entre os dois. Isso parece ser novamente o leit motiv para definir conjugações políticas para o próximo pleito municipal. Um raciocínio medieval, desprovido de uma visão holística do locus social que evoluiu muito ao se olhar essa foto. Mero egoísmo e vaidade política de pessoas interessadas nesse duelo tribal.
Eu fui Secretário de Planejamento e de Desenvolvimento Econômico da PMVV no governo Max Filho, em seus últimos anos de mandato. O que a atual gestão diz que vai fazer já era projeto nosso e estava em andamento: área em Vale Encantado, que tem um passivo ambiental com a prefeitura; nova rodoviária, cujo terreno onde hoje se localiza é propriedade particular; sinalização turística; regularização dos terrenos da Suppin. Enfim, vários projetos. Parabéns se a atual gestão concluí-los. Aqui não deve haver vaidades. O interesse é o bem público e a realização na administração municipal é resultante de uma seqüência de esforços.
Naquele período eu tentei aproximar Paulo Hartung e Max Filho. Foram dias e dias de conversas e encontros com representantes de ambos os lados. Do lado do Max, apenas eu. Mas do lado do Paulo, teve o Cesar Colnago e, principalmente o Zé Eugênio, hoje no SEBRAE. Elaborei um protocolo de intenções, aprovado por Max Filho – sem qualquer interveniência de seu pai - que o Zé levou ao conhecimento do Paulo e seus assessores. Dias depois veio a resposta: vamos agendar a assinatura desse protocolo no Palácio. Você vem com o Max Filho? Eu disse, vamos. O interesse era público: conseguir verbas para macro drenagem, Avenida Lindenberg, Tartarugão e algumas outras.
E lá fomos eu e Max, ao Palácio. Até o último segundo eu pensava que Max poderia desistir. O sopro no ouvido por alguém que não desejasse esse entendimento, por exemplo, poderia influenciá-lo. O caminho de Vila velha ao Palácio durou uma eternidade. Mas, lá chegamos. Ao atravessar os portais da entrada principal, de face para a Assembléia antiga, lembrei do Cabral, um simpático porteiro que lá me dava bom dia quando trabalhei no Palácio, alguns anos. E subimos. Salão aberto, mesa longa e Paulo e Max, lado a lado. Depois de pequena falação, as assinaturas. O Paulo olhou para mim como que buscando uma caneta e eu a cedi para uma assinatura que pensei fosse selar um pacto político de interesse publico. Republicano. Até hoje não temos a cópia assinada desse documento, pois havia sido feita uma pequena alteração que eu concordei já que não interferia em nada de forma prejudicial ao município de Vila Velha.
Essa iniciativa de unir o Prefeito com o Governador, ainda que no âmbito da gestão pública, teria dado muito efeito e bons frutos não fossem as influencias conspiratórias de ambos os lados. Se houvesse pessoas, sem falsa modéstia, com o espírito público que eu e Zé Eugênio tivemos certamente muita coisa estaria bem melhor hoje. Esse conflito entre Paulo e Max interessa muito mais ao lado dispensável da política local que o lado imprescindível à moralidade e a boa governança. E eu, um otimista sensato, ainda acredito nessa possibilidade. Vejo mais convergências que divergências entre Paulo e Max. Por exemplo, a luta contra Gratz e alguns Conselheiros do TC.
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