Quando se percebe, a vida seguiu seus rumos indeléveis.
Caminhos de ida e de volta que ora se entrelaçam,
Ora se desembaraçam como se nunca houvesse o ontem.
Bem menos o amanhã.
Faz-se tudo o próprio presente. Marcas da vida inexorável.
É quando não se sabe que estrelas seguir, que noites dormir,
E que dias acordar como um sol preguiçoso e encoberto.
Quando se percebe, tudo é o que nunca foi,
Tudo vem ser ter ido e tudo acontece sem ter existido.
O inesperado nos tira o fôlego, afeta nosso equilíbrio,
Desfaz nossa habitual proteção. Reduz a vida ao pó.
Entorna no cálice da felicidade o vinho do coração.
É quando não se sabe que sons ouvir, que palavras dizer,
A não ser o belo e envolvente canto das sereias.
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