Noite alta, relógio que avança, som que se cala, sono que não vem.
Tudo parece calmo, inerte, sufocado pela angústia do amanhã.
Dos livros saem letras embaralhadas, ansiosas, tontas pelo cansaço.
Do teclado, não sons musicais, mas palavras de emolduram a solidão
tardia.
É bom, vez por outra, se deixar assim; se envolver com a volúpia noturna.
Ao fim do dia tudo parece distante, que se foi, que virou memória ímpar.
Cenas velozes ao ritmo da noite erma, do grito sufocante do brilho da lua.
Doce sensação do que não existe, pois está entre o que foi e o que será.
Quando o sol brilhar na estrada que o luar construiu enquanto ela
dormia.
Que venha o amanhã.
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