Ensinam os bons livros de estratégia competitiva que o futuro não deve ser mais uma mera obra do acaso, da sorte ou do azar. Na verdade seria resultado de ações realizadas no presente, encadeadas de modo que um sonho coletivo se transformasse em realidade social. Portanto, nenhuma ação construtiva estaria desvinculada de um desenho do futuro desejado. Seja ele vinculado a pessoas, a empresas, a cidades, a estados ou a países. Como não é recomendável fragmenta-los desse modo, entende-se que formam um ambiente único em que as ações realizadas promovem influências mútuas.
A conjuntura mundial nos permite concluir que desde que os fisiocratas na França e os clássicos na Inglaterra se oporam a um mercantilismo inibidor do crescimento das colônias, pouco se evoluiu no sentido de estender às nações mais pobres as benesses do ciclo ascendente do capitalismo de modo a protegê-las na fase descendente. Os economistas sabem que quando o produto cresce tende a beneficiar a todos, ainda que de forma desigual, mas quando ele se contrai, os assalariados e os pequenos negócios são fortemente prejudicados. O que estamos observando agora, por exemplo, são demissões, férias obrigatórias e renegociação de contratos para obter maior valor financeiro no resultado operacional. É a fase descendente, momento em que as empresas tentam evitar as crises de realização, qual seja a perda de lucros.
Nessa situação, as grandes fortunas e as grandes empresas vão se abrigar na proteção oferecida pelos Governos e assim, evitar deixar de ganhar no longo prazo. Perder mesmo, muito poucas. Já os trabalhadores assalariados e as empresas de menor porte que vivem da renda dessas pessoas, perdem no curto prazo. Estabelece-se então um ciclo vicioso em que podem ocorrer crises de desproporção, quando não há condição de equilíbrio entre produção e consumo, ou a tese do subconsumo, em que se destaca a necessidade de agregar novos mercados consumidores, de renda baixa e variável. Essa última tem um belo registro literário nos debates entre Rosa Luxemburgo e Tugan-Baranowsky, que pelo respeito aos autores e a complexidade de sua natureza não posso sintetizar aqui. Mas, recomendo a leitura de seus textos.
É possível admitir que nosso país não esteja preparado estruturalmente para superar as influências negativas de uma crise que se aproxima de nós ganhando velocidade e força. Nossos governantes gostam de alardear que os fundamentos econômicos são sólidos. Isso para o leitor eventualmente não iniciado, significa dizer que, principalmente, câmbio, balança comercial, reservas cambiais e inflação estão sobre controle e em níveis adequados. Porém, assinalo, por serem como taças de cristal que se quebram ao agudo de uma nota, podem ter vida breve. O que verdadeiramente nos protegeria melhor seria o conhecimento, a civilidade, a ética e a despersonalização na gestão pública. A proteção nao está na quantidade de empresas em um país ou região, mas na qualidade de seus cidadãos. Esse é o dilema de nosso futuro. Se é que realmente não desejamos que ele seja apenas resultado do acaso, da sorte ou do azar. O Futuro, diria o destino, somos nós.
A conjuntura mundial nos permite concluir que desde que os fisiocratas na França e os clássicos na Inglaterra se oporam a um mercantilismo inibidor do crescimento das colônias, pouco se evoluiu no sentido de estender às nações mais pobres as benesses do ciclo ascendente do capitalismo de modo a protegê-las na fase descendente. Os economistas sabem que quando o produto cresce tende a beneficiar a todos, ainda que de forma desigual, mas quando ele se contrai, os assalariados e os pequenos negócios são fortemente prejudicados. O que estamos observando agora, por exemplo, são demissões, férias obrigatórias e renegociação de contratos para obter maior valor financeiro no resultado operacional. É a fase descendente, momento em que as empresas tentam evitar as crises de realização, qual seja a perda de lucros.
Nessa situação, as grandes fortunas e as grandes empresas vão se abrigar na proteção oferecida pelos Governos e assim, evitar deixar de ganhar no longo prazo. Perder mesmo, muito poucas. Já os trabalhadores assalariados e as empresas de menor porte que vivem da renda dessas pessoas, perdem no curto prazo. Estabelece-se então um ciclo vicioso em que podem ocorrer crises de desproporção, quando não há condição de equilíbrio entre produção e consumo, ou a tese do subconsumo, em que se destaca a necessidade de agregar novos mercados consumidores, de renda baixa e variável. Essa última tem um belo registro literário nos debates entre Rosa Luxemburgo e Tugan-Baranowsky, que pelo respeito aos autores e a complexidade de sua natureza não posso sintetizar aqui. Mas, recomendo a leitura de seus textos.
É possível admitir que nosso país não esteja preparado estruturalmente para superar as influências negativas de uma crise que se aproxima de nós ganhando velocidade e força. Nossos governantes gostam de alardear que os fundamentos econômicos são sólidos. Isso para o leitor eventualmente não iniciado, significa dizer que, principalmente, câmbio, balança comercial, reservas cambiais e inflação estão sobre controle e em níveis adequados. Porém, assinalo, por serem como taças de cristal que se quebram ao agudo de uma nota, podem ter vida breve. O que verdadeiramente nos protegeria melhor seria o conhecimento, a civilidade, a ética e a despersonalização na gestão pública. A proteção nao está na quantidade de empresas em um país ou região, mas na qualidade de seus cidadãos. Esse é o dilema de nosso futuro. Se é que realmente não desejamos que ele seja apenas resultado do acaso, da sorte ou do azar. O Futuro, diria o destino, somos nós.
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