Wednesday, February 03, 2016

O Brasil afunda


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O Governo não para de errar e o faz em uma sequencia tão esdrúxula  que não só deixa toda a classe trabalhadora e patronal desnorteada em relação ao futuro, como também a população de forma geral. O futuro tornou-se uma esfinge devoradora. Depois de muitos desperdícios por incompetencia, devios de dinheiro público por corrupção e gastos inaceitáveis com propósitos eleitoreiros, agora anuncia mudanças nas regras da aposentadoria. Não há quem discorde que algo tem que ser feito ou a Previdencia Social entrará em colapso, especialmente na área rural, mas  antes de cortar seus gastos com mordomias e firulas representativas imediatamente, quer mudar a vida de milhares de pessoas com o argumento de que precisa economizar. 

Aumenta impostos, mutila o FGTS para endividar pessoas, quer alterar aposentadorias, trazer de volta a CPMF e quem sabe o o que mais virá por aí. Adora mandar nos outros, mas não obedece a ninguém. Há uma ausência, um vácuo de liderança tamanho que estimula a fogueira das vaidades. Nem mesmo o clamor social em erupção lhe serve como alerta. Desacreditado e sem soluções inteligentes, só lhe restam as decisões de gabinete e as falácias de uma prosperidade ilusoriamente coletiva. Receitadas como mel, mas que na verdade têm o gosto amargo do fel que nutre suas origens.

O contraponto de seu delírio seria o Congresso Nacional, mas este, em plena convulsão nacional, entra em recesso por quarenta e cinco dias. Se aquele que tem as prerrogativas constitucionais para retirar do poder decisório, aquele que recebeu o privilégio de representar os brasileiros na esfera federal se exime de um julgamento histórico, de uma atitude digna da representação política e social que imploraram, em campanha política, lhes fosse consignada, assim procede, imaginem os donos do poder. O Brasil não precisa mais de pronunciamentos enfáticos, em sua maioria voltados à vaidade pessoal, aos seus projetos pessoais. O que o Brasil precisa é de ação, de muito trabalho parlamentar.

Individualmente há congressistas que se destacam nesse contraponto, mas o conjunto é inócuo, pois que liderados por Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Agora vem o carnaval, depois as olimpíadas, as eleições e novamente o recesso. Tudo isso leva ao retrocesso. O Brasil é um Titanic que afunda, mas seu comandante, inebriado pela vaidade, acha que é insubmersível, indestrutível. Sua tripulação se preocupa em salvar as jóias e o dinheiro dos cofres abastados. A lua, o mar gelado e o impassível e demolidor iceberg a tudo assistem. Como testemunhas de uma história sem final feliz.        

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