Monday, February 06, 2012

A entrevista de Paulo Hartung em A tribuna

Há uma célebre e antológica frase na história do cinema que verdadeiramente nunca foi pronunciada no filme que a consagrou, Casablanca. Ingrid Bergman não se dirigiu ao pianista para pedir a música tema de seu amor por Humprey Bogart enquanto protagonistas do enredo. Mas foi mitificada e celebrada até hoje como referência dessa paixão. Quando li a ótima entrevista do Paulo Hartung, domingo em A Tribuna lembrei dessa frase. “Play it again, Paulo” parecem pedir os eleitores.


Mas, of course, Paulo não a pronuncia. Deixa o imaginário político enuncia-la. Na entrevista é possível perceber o quanto ele está ágil, politicamente inteligente e sabedor de sua força carismática. As eleições em Vitória podem tomar um novo rumo a partir dessa importante entrevista e de sua repercussão na edição de hoje do mesmo jornal. Não há como negar a importância de Paulo no contexto político atual e nem desmerecê-lo. Conquistar o que ele conquistou em termos de prestígio não foi um caminho fácil como podem pensar alguns. E soube construir isso com pessoas de um mesmo pensamento idealista e defensoras ferrenhas de sua execução. Caso se reproduza a rixa Serra-Aécio em Luiz Paulo-Colnago, Luciano-Gambini ganha força e Ricardo-Lelo mais ainda.

Em Vila Velha ainda está cedo para preconizar algum resultado, mas o que deve estar claro é que Max Filho não deveria atacar Paulo. Isso pode parecer, ao público eleitor, uma obsessão pessoal, um eterno jogo de vaidade política. De definir quem tem razão ou não. Em meu entender, naquele município Paulo não atacará Max, mas tenho absoluta e plena certeza que se for atacado revidará com a sagacidade política de sempre. Vila Velha não precisa apenas de um bom candidato, mas essencialmente de um novo conceito de política e administração pública. Neucimar não conseguiu isso, apesar da boa vontade. Em Vila Velha, não ganhará um político, mas um projeto, um programa de governo exequível, realista e com metas anuais.

Precisou Paulo Hartung conceder uma entrevista para algumas pessoas entenderem isso. Outras, nem tanto.

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