Tuesday, September 20, 2011

Mídia Demiúrgica


É difícil escrever um texto como esse e não ser mal interpretado ou exageradamente bem interpretado. Falar da imprensa e de seus jornalistas é algo muito cauteloso, especialmente quando a intenção é apenas comentar aspectos pontuais com a intenção de buscar explicações destinadas a si próprias e aos eventuais leitores de artigos como esse. Quando assim procedo, tento ser o mais prudente possível, pois tenho uma profunda admiração pelos jornalistas e profissionais dos dois jornais locais de maior expressão, A Gazeta e A Tribuna. Além da admiração, um respeito que busco exercer sempre. Virou hábito, para mim, comentar as edições diárias, destacando em minha percepção aqueles artigos e textos que mais aprecio. E os seguidores do meu twitter e desse meu blog acabam lendo a maioria desses comentários. Pode haver até insatisfação com o que escrevo, mas pelo menos ainda não recebi unfollow por esse motivo.  A não ser um ou dois casos isolados, melindrosos demais.

Mas, esse pequeno texto nasce da perplexidade em relação à priorização de temas e coberturas jornalísticas. Recentemente, cerca de um mês, eu trouxe um jurista norte-americano para proferir uma palestra na Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim sobre beber e dirigir e sugeri a imprensa, tanto ao jornal A Tribuna quanto ao jornal A Gazeta, que fizesse uma pauta com o professor americano no sentido de educar as pessoas, de mostrar os contrastes das leis entre Brasil e Estados Unidos, enfim, que dessem visibilidade ao tema, não a mim ou ao professor por serem desnecessárias, destinado ao público que dirige veículos em geral. Que nada. Nenhum interesse real. Esqueceram que existe marketing social. Ou talvez porque não tenho assessoria de imprensa, nem “estou” autoridade.

Mas agora a CBN e A Gazeta estão fazendo matérias e entrevistas sobre o tema. Estão lá Contaratto, Fábio Damasceno hoje e outros entrevistados. Com muito espaço midiático. Como diria Platão, nenhum círculo, por mais perfeito que tenha sido feito o seu desenho, é igual ao que se pensou. Demiúrgica é sua realização. Mas eu compreendo a imprensa de forma Aristotélica. E a admiro ainda assim. 

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