É difícil escrever um texto como esse e não ser mal
interpretado ou exageradamente bem interpretado. Falar da imprensa e de seus
jornalistas é algo muito cauteloso, especialmente quando a intenção é apenas
comentar aspectos pontuais com a intenção de buscar explicações destinadas a si
próprias e aos eventuais leitores de artigos como esse. Quando assim procedo,
tento ser o mais prudente possível, pois tenho uma profunda admiração pelos
jornalistas e profissionais dos dois jornais locais de maior expressão, A
Gazeta e A Tribuna. Além da admiração, um respeito que busco exercer sempre.
Virou hábito, para mim, comentar as edições diárias, destacando em minha
percepção aqueles artigos e textos que mais aprecio. E os seguidores do meu
twitter e desse meu blog acabam lendo a maioria desses comentários. Pode haver
até insatisfação com o que escrevo, mas pelo menos ainda não recebi unfollow
por esse motivo. A não ser um ou dois
casos isolados, melindrosos demais.
Mas, esse pequeno texto nasce da perplexidade em relação à
priorização de temas e coberturas jornalísticas. Recentemente, cerca de um mês,
eu trouxe um jurista norte-americano para proferir uma palestra na Faculdade de
Direito de Cachoeiro de Itapemirim sobre beber e dirigir e sugeri a imprensa, tanto ao jornal A
Tribuna quanto ao jornal A Gazeta, que fizesse uma pauta com o professor
americano no sentido de educar as pessoas, de mostrar os contrastes das leis
entre Brasil e Estados Unidos, enfim, que dessem visibilidade ao tema, não a
mim ou ao professor por serem desnecessárias, destinado ao público que dirige
veículos em geral. Que nada. Nenhum interesse real. Esqueceram que existe
marketing social. Ou talvez porque não tenho assessoria de imprensa, nem
“estou” autoridade.
Mas agora a CBN e A Gazeta estão fazendo matérias e
entrevistas sobre o tema. Estão lá Contaratto, Fábio Damasceno hoje e outros
entrevistados. Com muito espaço midiático. Como diria Platão, nenhum círculo,
por mais perfeito que tenha sido feito o seu desenho, é igual ao que se pensou.
Demiúrgica é sua realização. Mas eu compreendo a imprensa de forma Aristotélica. E a admiro ainda assim.
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