Cerca de dez anos atrás eu estava no aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro. Voltava de New York City, depois de duas semanas na big apple. Todas as noites ótimos shows de música lá no Village. Stanley Jordan, Oscar Peterson, os Marsalis, Ritchie Havens e outras feras como Dylan, Young e Clapton. Muitas outras. Músicos de altíssima qualidade, nem sempre conhecidos como o Bruce Hornsby. Além, é claro, dos aventureiros, desconhecidos talentos que cantavam lá pelo Arthur´s Place ou no The Duplex. New York é um celeiro musical.
Então, no Galeão, de volta ao Brasil, eu decidi tomar um café. Fui até um daqueles “Palhetas”, que você toma café em pé, na xicrinha. Uma coisa bem brasileira e que me deu saudade. Logo que cheguei percebi a presença de uma pessoa muito especial, ao meu lado, um ícone brasileiro, também aguardando o desejado cafezinho. Era o Chico Buarque. Logo começamos um bate-papo sobre as minhas noites musicais em New York. Ele conhecia bem a maioria dos nomes e as musicas que eu citava. Mas, deixava sempre claro que sua preferência era pela musica brasileira. Não era muito fã dos norte-americanos não. Daquele encontro e de um bom papo, ficou uma dedicatória em minha caderneta de viagem – que causa inveja em muito fã dele – que terminava dizendo “bom retorno ao Brasil”.
Agora eu vejo o Chico declarando seu voto para a presidência da república. Mais do que isso, se apresentando na mídia em peça publicitária de campanha. Até aí tudo bem. Todas as pessoas têm o direito democrático de fazer suas escolhas nas eleições. E é até coerente e muito digno que não fiquem em cima do muro ou omissos. Mas, o Chico usar o argumento que vota em determinada pessoa para se impor aos Estados Unidos é lamentável. Por não gostar dos norte-americanos, como permitem entender suas declarações aos jornalistas é algo que mancha sua inteligência.
Ele deveria não gostar é da corrupção, das milícias, da insegurança, da falta de saneamento básico, das dengues, da desertificação e da postura de componentes do poder público em termos de comportamento político, como se pudessem ser cabos eleitorais. Das pessoas suspeitas de corrupção, partidárias de sua opção de voto. Do Ahmadinejad, dos países que invadem nosso mercado de trabalho com produtos fabricados em péssimas condições trabalhistas e sociais e obtém licenças para investimentos agressivos ao nosso meio ambiente. Chico deveria voltar a fazer música e arranjos musicais. A política parece lhe deixar míope e surdo, com todo o imenso respeito que ele merece.
Então, no Galeão, de volta ao Brasil, eu decidi tomar um café. Fui até um daqueles “Palhetas”, que você toma café em pé, na xicrinha. Uma coisa bem brasileira e que me deu saudade. Logo que cheguei percebi a presença de uma pessoa muito especial, ao meu lado, um ícone brasileiro, também aguardando o desejado cafezinho. Era o Chico Buarque. Logo começamos um bate-papo sobre as minhas noites musicais em New York. Ele conhecia bem a maioria dos nomes e as musicas que eu citava. Mas, deixava sempre claro que sua preferência era pela musica brasileira. Não era muito fã dos norte-americanos não. Daquele encontro e de um bom papo, ficou uma dedicatória em minha caderneta de viagem – que causa inveja em muito fã dele – que terminava dizendo “bom retorno ao Brasil”.
Agora eu vejo o Chico declarando seu voto para a presidência da república. Mais do que isso, se apresentando na mídia em peça publicitária de campanha. Até aí tudo bem. Todas as pessoas têm o direito democrático de fazer suas escolhas nas eleições. E é até coerente e muito digno que não fiquem em cima do muro ou omissos. Mas, o Chico usar o argumento que vota em determinada pessoa para se impor aos Estados Unidos é lamentável. Por não gostar dos norte-americanos, como permitem entender suas declarações aos jornalistas é algo que mancha sua inteligência.
Ele deveria não gostar é da corrupção, das milícias, da insegurança, da falta de saneamento básico, das dengues, da desertificação e da postura de componentes do poder público em termos de comportamento político, como se pudessem ser cabos eleitorais. Das pessoas suspeitas de corrupção, partidárias de sua opção de voto. Do Ahmadinejad, dos países que invadem nosso mercado de trabalho com produtos fabricados em péssimas condições trabalhistas e sociais e obtém licenças para investimentos agressivos ao nosso meio ambiente. Chico deveria voltar a fazer música e arranjos musicais. A política parece lhe deixar míope e surdo, com todo o imenso respeito que ele merece.
1 comment:
Thanks :)
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