Friday, April 23, 2010

Bublé, Walton and Sailing...New York!




Eu gosto tanto de New York, que não adianta contar quantas vezes já a visitei, ainda que sejam tantas que sempre vai parecer que fui pouco. É a minha cidade. Antes até de Paris. Em uma dessas idas aconteceu algo inesquecível. Eu fui visitar meu sobrinho que mora lá há muitos anos, no período de meu aniversário. No início de Agosto. Fiquei no apartamento dele no east side, uptown. Como sempre, fomos aos melhores locais de jazz e música de qualidade. Por exemplo, na noite de meu aniversário fomos ao JVC music hall, próximo à entrada do Central Park. Um lugar lindo, de uma acústica impressionante, recém inaugurado. Reza a lenda que Marsalis, seu diretor geral, protagonizou uma de suas conhecidas exigências. Tudo pronto para a inauguração, convites emitidos e encaminhados às principais autoridades da cidade, eis que Marsalis cancela a inauguração pouco antes da data prevista. Desmontou a logística inaugural em segundos de decisão: “Não abre assim!”, disse ele.

É que quando fez um teste de acústica para seus exigentes ouvidos reprovou o resultado. Requisitou mudanças sutis. Depois, autorizou a inauguração e tudo correu com perfeição, Estava eu ali, com Fábio, meu sobrinho, ouvindo Cedar Walton Trio, cujas notas do piano eu ouvira apenas no CD da Stephanie Haynes. Pela enorme vidraça, ao fundo, eu podia ver as arvores do Central Park e a cidade a luzir. Foi mais um estimadíssimo presente de aniversário. Inclusive, porque antes havia tocado um excelente e desconhecido pianista de New Orleans, aspirante ao estrelato. Uma jóia rara a ser lapidada. Um fenômeno musical. Mas, aquela semana seria assim. Uma seqüência de noites marcantes. E dias também. O presente mais imprevisível e inesquecível foi um passeio de veleiro, alugado especialmente para esse meu dia, pela baía de New York. Pude ver a big apple de um modo diferente, singular. Elegante e inesquecível.

Para comparar a esse momento náutico, na mesma semana, só o show do Michael Bublé, no Radio City Hall. Não dá para descrever. Eu já tinha ido ao Radio City antes, algumas vezes. Mas essa ficará na memória para sempre. Muito bem localizado, vivi todos os momentos do show com sua brilhante intensidade musical. E ainda comprei o cd no local.

New York e eu combinamos muito bem. Assim como pessoas especiais que lá moram.

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