
Até que eu tentei resistir, mas não consegui. Acabei escrevendo esse texto. Fico incomodado com o silêncio. Certo tipo de silêncio. Esse, por exemplo, em que se posiciona nosso governador Hartung. Sempre comunicativo, bem articulado e incisivo, tem uma característica muito peculiar de, algumas vezes, emudecer incompreensivelmente. Ou melhor, inaceitavelmente. Está acontecendo uma situação gravíssima que envolve pessoas por ele indicadas na área da Segurança Pública e não há sequer a mínima e formal manifestação palaciana. Parece que tudo está bem ou se resolverá de per si. Já foi possível perceber essa postura em outras ocasiões, mas em assunto tão grave como esse acredito ser a primeira vez. Trata-se de segurança pública, da população como um todo. A voraz eloqüência contra a mudança do marco regulatório do petróleo, as manifestações a favor de seu candidato ao governo, as frases retumbantes contra o crime organizado e outras atitudes explícitas, estão emudecidas. Enfim, um arsenal de eloqüência de repente fica sem munição.
E em momentos como esse, o silencio proposital beira à omissão. Quem sabe seja esse o calcanhar de Aquiles de Paulo. A sua decisão de só se pronunciar em determinados temas positivos. Muitos, abstratos e de longo prazo. O curto prazo, os temas agressivos ao cotidiano parecem ser o sol que derreteu a cera das asas de Ícaro. A bandidagem e o imortal crime organizado devem estar morrendo de rir da situação existente. Uma Instituição Pública histórica se sente agredida moralmente por um chefe de polícia e revida de forma contundente. A questão chega a ser vergonhosa para o Espírito Santo. Onde está a autoridade máxima do governo, o líder da administração pública. O nosso presidente, em Portugal, teve a inocência de dizer que não viu os vídeos do Arruda e sua turma. Qualquer adolescente já viu o youtube com as propinas. Se o presidente demorou a ver, também se omitiu, pois isso ocorre na capital do nosso país. Um vexame. Agora, dá entrevistas afirmando que as imagens não significam nada. Definitivamente, em assuntos polêmicos nosso presidente não entra. Tem medo de perder sua popularidade. Só em assuntos internacionais para ganhar visibilidade. Uma visibilidade efêmera, diria Warhol.
Eu tenho vários alunos e não sei o que dizer a eles sobre essa postura do governador do nosso Estado. Hoje, um se dirigiu a mim e disse: Professor, não vai escrever nada contra o Paulo Hartung não. Deixa-o quieto. Ele parece ser muito poderoso e você pode ser prejudicado. Eu parei, pensei meio segundo e disse ao aluno: não se preocupe, o Paulo é poderoso, mas é muito inteligente para ser perseguidor nesse nível. Não sou, nem pretendo ser, o Diogo Mainard capixaba, nem ele é o presidente, algo que talvez pretenda ser um dia. Alem do mais, não escrevo contra o Paulo. Apenas externalizo o pensamento de muitas pessoas. Mudas, como ele agora.
E assim nasceu esse pequeno texto. Do eco do silêncio governamental.
E em momentos como esse, o silencio proposital beira à omissão. Quem sabe seja esse o calcanhar de Aquiles de Paulo. A sua decisão de só se pronunciar em determinados temas positivos. Muitos, abstratos e de longo prazo. O curto prazo, os temas agressivos ao cotidiano parecem ser o sol que derreteu a cera das asas de Ícaro. A bandidagem e o imortal crime organizado devem estar morrendo de rir da situação existente. Uma Instituição Pública histórica se sente agredida moralmente por um chefe de polícia e revida de forma contundente. A questão chega a ser vergonhosa para o Espírito Santo. Onde está a autoridade máxima do governo, o líder da administração pública. O nosso presidente, em Portugal, teve a inocência de dizer que não viu os vídeos do Arruda e sua turma. Qualquer adolescente já viu o youtube com as propinas. Se o presidente demorou a ver, também se omitiu, pois isso ocorre na capital do nosso país. Um vexame. Agora, dá entrevistas afirmando que as imagens não significam nada. Definitivamente, em assuntos polêmicos nosso presidente não entra. Tem medo de perder sua popularidade. Só em assuntos internacionais para ganhar visibilidade. Uma visibilidade efêmera, diria Warhol.
Eu tenho vários alunos e não sei o que dizer a eles sobre essa postura do governador do nosso Estado. Hoje, um se dirigiu a mim e disse: Professor, não vai escrever nada contra o Paulo Hartung não. Deixa-o quieto. Ele parece ser muito poderoso e você pode ser prejudicado. Eu parei, pensei meio segundo e disse ao aluno: não se preocupe, o Paulo é poderoso, mas é muito inteligente para ser perseguidor nesse nível. Não sou, nem pretendo ser, o Diogo Mainard capixaba, nem ele é o presidente, algo que talvez pretenda ser um dia. Alem do mais, não escrevo contra o Paulo. Apenas externalizo o pensamento de muitas pessoas. Mudas, como ele agora.
E assim nasceu esse pequeno texto. Do eco do silêncio governamental.
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