“Não sou um bom analista político e bem menos um entendedor de estratagemas políticos. Mas, como bom brasileiro, algumas vezes dou palpites ou levanto hipóteses. Agora mesmo, enquanto as gaivotas saltitam por sobre o mar da praia da costa, mergulhando gulosamente sobre peixes-galo que nadam para lá e para cá, leio nos jornais que em Colatina ocorre uma “virada” nas pesquisas eleitorais. Um candidato observado como não aliado do governador Paulo Hartung assume a pole position.
Em Vila Velha, o candidato de cabelos e jalecos brandos, bem colocado nas pesquisas, que propala aos sete mares que tem o apoio irrestrito do Governador, com banners e tudo, vê crescer um seu opositor reconhecido como desautorizado por PH. Mais ao sul, em Guarapari, nem todo o peso do José Teófilo, principal assessor do governador, e de um ex-secretário de governo faz com que o candidato com apoio declarado do Governo do Estado deslanche decisivamente.
Em Linhares, as coisas não estão assim tão fáceis também para manutenção da estabilidade da conjugação de forças políticas costuradas, com muita competência, por PH. Algo não vai consistentemente bem naquele reino e surpresas poderão ocorrer. Cariacica, onde havia a impressão que Aparecida, uma competente e destemida Deputada, contaria com o apoio chapa branca, Helder avança fortemente. Vidigal, em Serra, parece esnobar um provável apoio oficial, do alto de seus elevados índices de aprovação, apesar da oferta explícita do vice-governador.
Enfim, como se comportarão esses desalinhados caso vençam as eleições? Terá Paulo a habitual sabedoria política para reagrupá-los em torno de seu projeto político?”
Eu escrevi esse texto antes das eleições de 2008. A capacidade de o governador continuar seu estratégico projeto político estava à prova naquelas eleições. De Napoleônico à Maquiavélico, tantas foram as comparações à sua pessoa. Para outros, se tocasse guitarra, como Clapton, muitos talvez exclamassem: Paulo is God!
Hoje é possível observar que Paulo Hartung continua hábil, competente e aglutinador. Soube aguardar os resultados - ainda que nem sempre como lhe fossem mais adequados - evitou o confronto direto em flanco aberto, como sugere Sun Tzu, e deu ao tempo a idade da razão. Uma rápida leitura atual nos jornais permite observar que Vidigal não só está a seu lado, como apóia seu Vice para futuro governador. Audifax, potencial “outsider” àquela época, hoje é Secretário de Estado. Neucimar, adversário de então ao candidato chapa branca Hércules, recebeu com tapete vermelho esticado onde o governador fosse pisar. E ele pisou. Também se declarou eleitor de Ferraço, o filho. Guerino, de Colatina, assume o Bandes e reconhece a liderança de nosso governador. Helder assim também o reconhece. E Aparecida, bem como Euclério, sendo que este já até recentemente elogiou o governador em um momento próprio para interpelá-lo, está sob olhares políticos e administrativos de Élcio Álvares.
A Paulo o que é de Paulo. E a parêmia de Mateus é lembrada: domínios distintos e que, sem serem reciprocamente impermeáveis, concernem a objetivos próprios.
Em Vila Velha, o candidato de cabelos e jalecos brandos, bem colocado nas pesquisas, que propala aos sete mares que tem o apoio irrestrito do Governador, com banners e tudo, vê crescer um seu opositor reconhecido como desautorizado por PH. Mais ao sul, em Guarapari, nem todo o peso do José Teófilo, principal assessor do governador, e de um ex-secretário de governo faz com que o candidato com apoio declarado do Governo do Estado deslanche decisivamente.
Em Linhares, as coisas não estão assim tão fáceis também para manutenção da estabilidade da conjugação de forças políticas costuradas, com muita competência, por PH. Algo não vai consistentemente bem naquele reino e surpresas poderão ocorrer. Cariacica, onde havia a impressão que Aparecida, uma competente e destemida Deputada, contaria com o apoio chapa branca, Helder avança fortemente. Vidigal, em Serra, parece esnobar um provável apoio oficial, do alto de seus elevados índices de aprovação, apesar da oferta explícita do vice-governador.
Enfim, como se comportarão esses desalinhados caso vençam as eleições? Terá Paulo a habitual sabedoria política para reagrupá-los em torno de seu projeto político?”
Eu escrevi esse texto antes das eleições de 2008. A capacidade de o governador continuar seu estratégico projeto político estava à prova naquelas eleições. De Napoleônico à Maquiavélico, tantas foram as comparações à sua pessoa. Para outros, se tocasse guitarra, como Clapton, muitos talvez exclamassem: Paulo is God!
Hoje é possível observar que Paulo Hartung continua hábil, competente e aglutinador. Soube aguardar os resultados - ainda que nem sempre como lhe fossem mais adequados - evitou o confronto direto em flanco aberto, como sugere Sun Tzu, e deu ao tempo a idade da razão. Uma rápida leitura atual nos jornais permite observar que Vidigal não só está a seu lado, como apóia seu Vice para futuro governador. Audifax, potencial “outsider” àquela época, hoje é Secretário de Estado. Neucimar, adversário de então ao candidato chapa branca Hércules, recebeu com tapete vermelho esticado onde o governador fosse pisar. E ele pisou. Também se declarou eleitor de Ferraço, o filho. Guerino, de Colatina, assume o Bandes e reconhece a liderança de nosso governador. Helder assim também o reconhece. E Aparecida, bem como Euclério, sendo que este já até recentemente elogiou o governador em um momento próprio para interpelá-lo, está sob olhares políticos e administrativos de Élcio Álvares.
A Paulo o que é de Paulo. E a parêmia de Mateus é lembrada: domínios distintos e que, sem serem reciprocamente impermeáveis, concernem a objetivos próprios.
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