
Naqueles fins de tarde dourados em que o sol deixa o prenúncio de um luar preguiçoso e irresistível, uma boa leitura pode nos levar, por exemplo, à compreensão dos sistemas econômicos. No início havia o liberalismo, a economia em que o “laissez-faire, laissez-passez” traduzia o cotidiano das pessoas e da atividade econômica. O Estado resumia-se às responsabilidades de justiça e segurança nacionais. Além disso, apenas o mercado, a idéia de Say, em que a oferta gera sua própria demanda, auto-regulável. Somente anos mais tarde isso mudaria significativamente. Lá pelos anos 20 e 30 com a grande depressão norte-americana que pulverizou as estruturas de mercado em questão de dias, senão horas. Centenas de bancos quebraram, pessoas empobreceram e os deliciosos anos 20 ficaram subitamente amargos em demasia.
Hemingway, Fitzgerald e Gertrude Stein faziam de Paris “a moveable feast”. Berlim e outras cidades européias reluziam sob a batuta de um Estado mais presente, mais decisor. Tão forte que em alguns casos ficou totalitário. Mas a América do Norte era o mercado puro, sob a batuta da bolsa de valores de New York. Nem Hoover, seu presidente, percebeu que aquela seria uma crise seriíssima, um ponto de inflexão. Achou que mais uns meses e tudo estaria resolvido. Não fosse Keynes, um lorde Inglês, economista, tudo estaria perdido. Aquela crise foi o golpe mais contundente que a economia clássica havia recebido. Foi à lona, um “knock-out”. E surge o Estado como principal regulador da economia, como melhor opção para recuperar o equilíbrio econômico. E assim foi até que, com Hayek e Schumpeter, da escola austríaca, influenciando os Governos Tatcher, na Inglaterra, e Reagan, nos EUA, o mercado passa a ser novamente importante, em razão da necessidade de maior competitividade.
Surge o Neoliberalismo, com predominância do mercado, mas com a presença de um Estado mais competitivo, apesar de ainda ter a poderosa política econômica sob sua decisão: taxa de juros, câmbio, inflação e renda. Nesse âmbito dois movimentos se articulam, o monetarista e o desenvolvimentista. Os primeiros temem a inflação e controlam o acesso à moeda no sentido de evitá-la. Os demais visam ao crescimento do país nem que para isso tenham que acomodar certo nível de inflação em seu processo produtivo. Os cidadãos ficam à mercê dessas decisões e desse jogo de interesses. Caminham em uma corda bamba em que em uma ponta está o Estado e sua mão reguladora e em outra o Mercado e sua mão fomentadora. Os exemplos contemporâneos de China, Índia e Rússia mostram que é fundamental a regência pelo mercado e os EUA mostram que essa regência há que ter como coadjuvante o Estado, a lá Keynes em sua versão competitiva. No caso brasileiro temos que ser progressistas, desenvolvimentistas, pois assim não o fomos por longos anos e nada colhemos que fosse competitivo e nos libertasse do atraso.
Hemingway, Fitzgerald e Gertrude Stein faziam de Paris “a moveable feast”. Berlim e outras cidades européias reluziam sob a batuta de um Estado mais presente, mais decisor. Tão forte que em alguns casos ficou totalitário. Mas a América do Norte era o mercado puro, sob a batuta da bolsa de valores de New York. Nem Hoover, seu presidente, percebeu que aquela seria uma crise seriíssima, um ponto de inflexão. Achou que mais uns meses e tudo estaria resolvido. Não fosse Keynes, um lorde Inglês, economista, tudo estaria perdido. Aquela crise foi o golpe mais contundente que a economia clássica havia recebido. Foi à lona, um “knock-out”. E surge o Estado como principal regulador da economia, como melhor opção para recuperar o equilíbrio econômico. E assim foi até que, com Hayek e Schumpeter, da escola austríaca, influenciando os Governos Tatcher, na Inglaterra, e Reagan, nos EUA, o mercado passa a ser novamente importante, em razão da necessidade de maior competitividade.
Surge o Neoliberalismo, com predominância do mercado, mas com a presença de um Estado mais competitivo, apesar de ainda ter a poderosa política econômica sob sua decisão: taxa de juros, câmbio, inflação e renda. Nesse âmbito dois movimentos se articulam, o monetarista e o desenvolvimentista. Os primeiros temem a inflação e controlam o acesso à moeda no sentido de evitá-la. Os demais visam ao crescimento do país nem que para isso tenham que acomodar certo nível de inflação em seu processo produtivo. Os cidadãos ficam à mercê dessas decisões e desse jogo de interesses. Caminham em uma corda bamba em que em uma ponta está o Estado e sua mão reguladora e em outra o Mercado e sua mão fomentadora. Os exemplos contemporâneos de China, Índia e Rússia mostram que é fundamental a regência pelo mercado e os EUA mostram que essa regência há que ter como coadjuvante o Estado, a lá Keynes em sua versão competitiva. No caso brasileiro temos que ser progressistas, desenvolvimentistas, pois assim não o fomos por longos anos e nada colhemos que fosse competitivo e nos libertasse do atraso.
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