Identidade e Imagem
O povo brasileiro tem sido bombardeado for fatos e denúncias que comprometem a governabilidade brasileira. São notícias que provocam uma sensação de descrédito e desesperança. Mais do que isso há uma forte presença de dissonância cognitiva, no momento em que o Partido dos Trabalhadores – PT - afasta-se da imagem que construiu ao longo de décadas. Uma imagem de coesão, valores e princípios bem definidos, lisura e liderança, personificada na figura de Luis Inácio da Silva. Em um processo autofágico a gestão governamental recente tem destruído celeremente esses atributos da imagem, reduzindo um intenso e histórico capital político a inaceitáveis estratégias de coibir CPIs. Enfim, expondo uma identidade frágil e incompetente. Parmênides (540-450 a.C) foi o primeiro a perceber a dimensão da Identidade e apor-lhe a idéia do ser finito, imutável e homogêneo. Heráclito (540? -480? a.C) seu opositor maior, desenvolve a questão da dialética e enfatiza a importância da mudança. O próprio presidente Lula adotou essa última dimensão em sua estratégia de campanha à presidência, saindo-se vitorioso. Porém, a mudança então apresentada era para melhor e o que se pode observar nos dias atuais é uma mudança para pior, comparado ao que se tinha como esperança. Haja vista que o PT, que sempre foi reconhecido pela sua consistente identidade, não consegue evitar a queda implacável de sua reputação. Fombrum (1996) mostra que há uma forte relação entre a identidade, a imagem e a reputação. Assim, obter o melhor resultado nesse ambiente tridimensional não é algo simples que pode ser resolvido com discursos metafóricos e estapafúrdios. É preciso considerar que há uma linha tênue entre as atividades demiúrgicas – produzir algo que responda a finalidade do objeto – e as atividades miméticas – produzir imitações da realidade que podem provocar ilusões positivas nos indivíduos.
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