Thursday, November 17, 2016

Tite e Neymar no campo econômico

Acuado no ringue da realidade o ministro Meirelles jogou a toalha. Admitiu essa semana que as chances de o Brasil crescer 1,6 % em 2017 ficaram bem menores. O país passa por um intenso  momento de questionamento social e de exposição mutilante da gênese da corrupção. As prisões de dois ex-governadores do Rio de Janeiro envergonham a cidade maravilhosa e desnudam o poder instituido pelo próprio povo.  Afinal foi ele que não só elegeu Garotinho para o Governo do estado como também sua esposa, Rosinha, hoje prefeita de Campos e sua filha, deputada federal muito bem votada. A democracia e a vontade popular os conduziu ao poder e lá os manteve.
Assim foi também nas eleições para a Presidência da República e para o Congresso Nacional. Bem como, nos estados e municípios. O que aconteceu com o eleitor brasileiro nos últimos anos e com a conjugação de seus interesses, foi usar o processo democrático para levar o máximo de vantagem possível. Uma conivência escabrosa. Hoje, pagamos um alto preço, tanto econômico quanto social. Os eleitores brasieliros precisam fazer um “mea culpa”. E parece, com a baixa renovação em vários municipios, que ela está acontecendo.
Enquanto isso, as empresas de capital aberto vão muito bem obrigado. Dados divulgados essa semana mostram que realizaram um aumento de 15% em seus lucros no último trimestre. Em torno de 313 empresas somaram R$ 25 bilhões em lucros. Entre as dez maiores, seis são do setor financeiro: bancos e cartões de crédito. Volumosos R$ 13 bilhões comporam o lucro de 24 instituições bancárias.
Também, não poderia ser diferente. Dados dessa semana indicam que enquanto a taxa média de juros do cartão de crédito na America Latina é de 40% ao ano, em nosso país passa de 400% ao ano. No futebol ganhamos do Peru, mas nesse campo do crédito perdemos de goleada para esse simpático país.
Melhor chamar o Tite e o Neymar.   

          

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