Wednesday, January 18, 2012

Maconha desafiada

Aqui na Praia da Costa, pouco antes do Hotel Quality, no encontro da Rua 15 de Novembro com a Avenida Gil Veloso não é algo incomum encontrar pessoas fumando maconha nas areias da praia. Aquela famosa “maresia” do cigarro de maconha, levada pelo vento, vai passando de barraca em barraca.Isso acontece algumas vezes e as pessoas que estão na praia fazem os comentários de sempre, mas ninguém vai até os fumadores e os interpela. Chega até a nossa rede de beach tennis.


É aquela tradicional dúvida entre ser feliz e ter razão. As pessoas pensam que talvez seja melhor deixar os caras ficarem doidões e o cigarro de maconha acabar para terminar o incômodo daquele cheiro. Ir até eles, interpelá-los, pode gerar uma confusão uma discussão e a situação ficar grave. Talvez nem saiba se é crime portar maconha e fumá-la na praia.

Mas ontem foi diferente. Sabe-se que nos dias de semana é comum também alguns trabalhadores da construção civil de prédios das redondezas dirigirem-se à praia no intervalo de almoço. Alguns ficam deitados na areia, outros tomam banho de mar e uns poucos fumam maconha. Sim, ficam doidões. E depois vão levantar paredes, creio eu. Pois bem, estava eu conversando com uma pessoa, um coronel da policia militar aposentado e lá pelas tantas surgiu um forte cheiro de maconha. E estávamos no calçadão, na confluência da 15 de Novembro com a Gil Veloso. Quando olhamos, tinha um rapaz, acompanhado de outros dois, vestido com a calça azul de alguma empresa de construção civil, com um tremendo de um cigarro de maconha, daqueles longos mesmo. Fumando numa boa, a poucos passos do calçadão.


Imediatamente o meu amigo, que estava apenas de roupa de praia, sem camisa e boné, foi até ele, disse que era militar e ordenou que o mesmo apagasse o cigarro de maconha e saísse dali ou ele chamaria a força policial. Preparei-me para o pior. Uma briga, uma confusão. Mas eis que o rapaz assustou-se, apagou o cigarro e foi embora levantar suas paredes. Nessa manhã de ontem alguém desafiou o ser feliz apenas. Algo raro.

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