
Recentemente, em A Gazeta, uma autoridade pública municipal vangloriou a construção de uma tendência em que Vila Velha deixaria de ser uma cidade dormitório e cresceria com a atração de indústrias e empresas de grande porte, principalmente. Ora, isso é exatamente o que inviabilizaria a cidade. Muitas cidades, hoje, buscam manter-se o mais “dormitório” possível, aderindo a sua vocação natural. Buscando a qualidade de vida. São cidades que enriquecem ou cumprem suas responsabilidades públicas com a receita da atividade econômica do setor terciário, de serviços. Nessas cidades, alem de dormirem bem, moradores e turistas gastam seu dinheiro com lazer, restaurantes, shoppings, esportes náuticos, teatros, cinemas e outras atividades pouco poluidoras e altamente rentáveis. Ainda, com ensino superior e escolas profissionalizantes. É até possível ter um Universidade Estadual onde hoje é o Vasco Coutinho, no Centro.
Dinheiro que ganham em áreas vizinhas, conurbadas, cheias de indústrias, onde trabalham. Mônaco, coitadinha, por exemplo, é uma cidade dormitório. Siena, Praga, Veneza e Cesk Krumilov, que pena, também. Nelas alem de morar, as pessoas vivem. Sem poluição mutilante, transito inesgotável e insegurança incontrolável. Vila Velha não precisa ocupar seus espaços urbanos com grandes empresas ou indústrias. Ao longo da Rodovia do Sol, por exemplo, está o hiato perfeito para condomínios residenciais horizontais. Na área rural, redes hoteleiras em forma de resorts, hotéis-fazenda, expansão do agroturismo e do agronegócio são pertinentes. O Vale Encantado pode expandir uma boa oferta residencial de qualidade alem de prestadores de serviços como Rodoviária, Corpo de Bombeiros e empresas de comércio exterior.
As cidades dormitório podem ganhar muito dinheiro com uma estruturada rede financeira, atraindo o núcleo estratégico de bancos e instituições financeiras. Ou, ainda, call centers, que empregam bastante. No Brasil já uma experiência de sucesso, com a utilização de espaços urbanos para a construção de cidades empresariais. Ali se concentram as sedes administrativas das grandes empresas. Compartilham segurança, logística, telecomunicações, treinamentos e energia. O núcleo decisório, a origem das estratégias competitivas pode estar ali, a trinta minutos do operacional. Bem melhor seria Vila Velha assim. Dormitório, com mais qualidade de vida, boa receita, ampla atratividade turística e forte produção acadêmica e cultural. A ex-key west capixaba, a Barra do Jucu, agoniza em seus estertores.
O que está sendo chamado de “Orange Park” é um projeto de ocupação urbana cuidadosamente discutida com o Ministério Público na gestão anterior, exatamente para que ali não se reproduza uma arcaica percepção de êxito com a industrialização de base urbana. Camburi sabe bem o que é isso. Anchieta e Ubu, provavelmente saberão em pouco tempo. Hoje não exploradas, o que é melhor que mal exploradas, amanhã deixarão de ser dormitórios. Para dissabor da natureza, pródiga na ocupação territorial em nosso Estado.
Dinheiro que ganham em áreas vizinhas, conurbadas, cheias de indústrias, onde trabalham. Mônaco, coitadinha, por exemplo, é uma cidade dormitório. Siena, Praga, Veneza e Cesk Krumilov, que pena, também. Nelas alem de morar, as pessoas vivem. Sem poluição mutilante, transito inesgotável e insegurança incontrolável. Vila Velha não precisa ocupar seus espaços urbanos com grandes empresas ou indústrias. Ao longo da Rodovia do Sol, por exemplo, está o hiato perfeito para condomínios residenciais horizontais. Na área rural, redes hoteleiras em forma de resorts, hotéis-fazenda, expansão do agroturismo e do agronegócio são pertinentes. O Vale Encantado pode expandir uma boa oferta residencial de qualidade alem de prestadores de serviços como Rodoviária, Corpo de Bombeiros e empresas de comércio exterior.
As cidades dormitório podem ganhar muito dinheiro com uma estruturada rede financeira, atraindo o núcleo estratégico de bancos e instituições financeiras. Ou, ainda, call centers, que empregam bastante. No Brasil já uma experiência de sucesso, com a utilização de espaços urbanos para a construção de cidades empresariais. Ali se concentram as sedes administrativas das grandes empresas. Compartilham segurança, logística, telecomunicações, treinamentos e energia. O núcleo decisório, a origem das estratégias competitivas pode estar ali, a trinta minutos do operacional. Bem melhor seria Vila Velha assim. Dormitório, com mais qualidade de vida, boa receita, ampla atratividade turística e forte produção acadêmica e cultural. A ex-key west capixaba, a Barra do Jucu, agoniza em seus estertores.
O que está sendo chamado de “Orange Park” é um projeto de ocupação urbana cuidadosamente discutida com o Ministério Público na gestão anterior, exatamente para que ali não se reproduza uma arcaica percepção de êxito com a industrialização de base urbana. Camburi sabe bem o que é isso. Anchieta e Ubu, provavelmente saberão em pouco tempo. Hoje não exploradas, o que é melhor que mal exploradas, amanhã deixarão de ser dormitórios. Para dissabor da natureza, pródiga na ocupação territorial em nosso Estado.
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