



Mais uma vez, em tempos recentes, a questão da Terceira Ponte vem aos noticiários locais. Não por um movimento contestatório organizado e protagonizado por seus usuários. Mas, pelo Governo do Estado do Espírito Santo. Criador da imagem de diplomático e harmonizador, articulador e convergente, suas autoridades representativas permitem que se chegue à situação de interposição da Justiça entre si e o grupo concessionário. Desde o início, com o posicionamento manifesto e equivocado da Auditoria Geral, era possível prever esse desdobramento. Porém, dada a propalada qualidade de diálogo e resolução do atual Governo, esperava-se algo mais voltado à extensão dos debates e estudos técnicos no que diz respeito ao cerne de toda a discórdia, qual seja a fluidez do trânsito. Segundo os jornais locais o Governo exige, em sua ação jurídica, que a concessionária Rodosol assuma os custos da realização de obras de acesso à ponte. Não me permitirei entrar no mérito legal da natureza dessa questão por não ter formação jurídica suficiente, mas, sim, considerar alguns aspectos complementares e aderentes.
Diariamente uso a terceira Ponte. Assumo compromissos profissionalmente inadiáveis e chego pontualmente a todos eles, apesar de morar na Praia da Costa e meus compromissos, em sua maioria, serem em Vitória ou Serra. Não uso a rodovia Lindenberg e sim a ponte. Como todos os moradores de lugares insulares ou a eles vinculados, salvo raríssimas exceções, saio bem mais cedo e evito os horários de pico. Seja indo ou vindo. É uma questão de disciplina cidadã, de compreensão e aceite dessa enxurrada de novos veículos nas ruas, financiados em prestações infinitas, exatamente porque não há um sistema lógico e confortável para transporte de massa. Inclusive, é possível admitir que isso seja conseqüência da omissão e da incapacidade dos gestores públicos.
Também, porque uma outra enxurrada, a das construções civis, ocupa, com devidas autorizações, espaços urbanos que deveriam se destinar a corredores de transporte e circulação de pessoas. Assimetrias rentáveis desfiguram a mobilidade urbana. Concentram moradias em locais exauridos no aspecto habitacional amplo. Sobrecarregam serviços urbanos básicos. Soluções mais factíveis como aquaviários e ciclovias estão, concretamente, fora de pauta na agenda governamental. Soluções mirabolantes como túneis e metrôs, como se não houvesse crise, são difundidas. Entretanto, pragmaticamente, tudo se resume a criticar a Rodossol. Como se a ponte fosse um lixo, descuidada, mal iluminada, insegura, imprópria ao uso como as demais aqui existentes. O Tratado de Versalhes perde em termos de conclusões e decisões equivocadas. Não devemos repetir a soberba de Clemenceau e alguns deveriam reler The Economic Consequences of Peace (1919), de Keynes. Ou, mais fácil, viajar um pouco e ver como outras medidas são mais eficazes do que criticar o que está dando certo. A Terceira Ponte é solução. Querer transformá-la em problema é dar um tiro no próprio pé. Jogar a opinião pública contra ela pior ainda. Melhor seria investir na Lindenberg, retornar com o aquaviário, implantar ciclovias, disciplinar o trânsito multando irregularidades e ordenar a ocupação do espaço urbano.
Diariamente uso a terceira Ponte. Assumo compromissos profissionalmente inadiáveis e chego pontualmente a todos eles, apesar de morar na Praia da Costa e meus compromissos, em sua maioria, serem em Vitória ou Serra. Não uso a rodovia Lindenberg e sim a ponte. Como todos os moradores de lugares insulares ou a eles vinculados, salvo raríssimas exceções, saio bem mais cedo e evito os horários de pico. Seja indo ou vindo. É uma questão de disciplina cidadã, de compreensão e aceite dessa enxurrada de novos veículos nas ruas, financiados em prestações infinitas, exatamente porque não há um sistema lógico e confortável para transporte de massa. Inclusive, é possível admitir que isso seja conseqüência da omissão e da incapacidade dos gestores públicos.
Também, porque uma outra enxurrada, a das construções civis, ocupa, com devidas autorizações, espaços urbanos que deveriam se destinar a corredores de transporte e circulação de pessoas. Assimetrias rentáveis desfiguram a mobilidade urbana. Concentram moradias em locais exauridos no aspecto habitacional amplo. Sobrecarregam serviços urbanos básicos. Soluções mais factíveis como aquaviários e ciclovias estão, concretamente, fora de pauta na agenda governamental. Soluções mirabolantes como túneis e metrôs, como se não houvesse crise, são difundidas. Entretanto, pragmaticamente, tudo se resume a criticar a Rodossol. Como se a ponte fosse um lixo, descuidada, mal iluminada, insegura, imprópria ao uso como as demais aqui existentes. O Tratado de Versalhes perde em termos de conclusões e decisões equivocadas. Não devemos repetir a soberba de Clemenceau e alguns deveriam reler The Economic Consequences of Peace (1919), de Keynes. Ou, mais fácil, viajar um pouco e ver como outras medidas são mais eficazes do que criticar o que está dando certo. A Terceira Ponte é solução. Querer transformá-la em problema é dar um tiro no próprio pé. Jogar a opinião pública contra ela pior ainda. Melhor seria investir na Lindenberg, retornar com o aquaviário, implantar ciclovias, disciplinar o trânsito multando irregularidades e ordenar a ocupação do espaço urbano.
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